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O QUE FAZER COM A ORQUÍDEA APÓS O PERÍODO DE FLORAÇÃO?

Foto do escritor: Gizele FacchinettiGizele Facchinetti

Atualizado: 12 de out. de 2020

Dicas sobre como cuidar da sua orquídea após a floração!

"Caíram todas as flores da minha orquídea e não sei o que fazer com ela agora..."


Primeira coisa a se fazer: Não jogar fora! Muita gente pensa em se desfazer dela... Nãooooo!


O fato dela estar sem as flores, não significa que a orquídea simplesmente já era e que não mereça receber seus cuidados. Após a floração, o que acontece é que a planta entrará em um período de dormência e que poderá durar algumas semanas ou até meses. Mas, com dedicação e paciência, novas florações poderão brotar a partir de uma mesma planta!


Para isso, separei algumas dicas simples para ajudar durante o processo. Antes, vamos pontuar algo importante. As orquídeas são classificadas a partir de seu habiat natural, sendo elas:

  • Epífitas: Que vivem nos troncos das árvores, mas, não são parasitas. Fazem fotossíntese a partir dos nutrientes absorvidos pelo ar e água (Phalaenopsis, Chuva-de-ouro...);

  • Terrestres: Que vivem diretamente no solo (Orquídea-bambu, Sapatinho...);

  • Rupícolas: Que vivem em rochas e fendas (Laelias...).

Então, para não confundir a cabeça, nesse post aqui vamos nos concentrar nas epífitas, ok?!


HASTE FLORAL: DEVO CORTAR?


Essa é uma das dúvidas mais frequentes! E a resposta é que a maioria das orquídeas não volta a florescer na mesma haste floral. Após todas as flores murcharem e caírem naturalmente, a haste secará e poderá ser cortada. Com exceção da orquídea Phalaenopsis (que é uma das mais conhecidas e presenteadas, né? e também é a que eu trouxe como demonstração aqui), depois de perder as flores, sua haste pode continuar verde e não precisa ser necessariamente cortada. Se optar por manter a haste que ainda está saudável, uma nova floração poderá surgir a partir de ramificações em seu eixo principal e também novos brotos, que são chamados de keikis (que significa bebê em havaiano). No entanto, essa nova floração poderá gerar poucas flores. Já optar por cortar a haste depois da primeira floração, estimulará uma brotação mais abundante.


PRECISO TROCAR O SUBSTRATO?


Trocar o substrato só será realmente necessário, caso o mesmo esteja ultrapassado (com aspecto seco/esfarelando muito) ou quando o vaso já estiver pequeno para a planta e for trocá-la para um vaso maior. Para as orquídeas epífitas, o melhor substrato é uma mistura de casca de pinus, fibra de coco ou turfa e carvão ou argila expandida. Existem substratos já prontos para comprar ou você pode fazer o seu e ir testando. Se possível, é legal conseguir reaproveitar o substrato em que a planta já estava, incorporando material novo!


COMO E QUANDO REGAR?


Molhar o substrato com abundância, garantindo que haja a drenagem correta! Regue e deixe a água escorrer pelos furos no vaso - para isso, não deixe em um cachepot que retenha água, caso cultive em um, retire o vaso de dentro do cachepot, regue, espere sair o excesso de água e coloque de volta ao cachepot depois! O horário mais indicado para regar é pela manhã, mas, não é regra, ok? Nos dias mais quentes, faz bem borrifar água nas folhas, tomando o cuidado de não molhar as flores e de não deixar água acumulada no miolinho da folha - isso poderá gerar doenças na planta, como fungos e bactérias. Então, retire esse excesso com um pedacinho de pano ou papel. A frequência de rega é algo variável - pode variar de acordo com o tipo de vaso em que está sendo cultivada, o microclima de cada região. Por isso, o mais indicado é fazer um teste antes, colocando o dedo no substrato.


CUIDADOS COM A ADUBAÇÃO


Indica-se adubar 30 dias após o final da floração. A medida do adubo escolhido (cerca de duas colheres de chá) deve ser bem distribuída, de preferência em volta do vaso (pelas bordas) e não tão próximo da planta. O que eu mais utilizo aqui é o adubo orgânico Bokashi e comecei a usar também a canela em pó - uso indicado apenas para as Phalaenopsis. Entre outras opções, a farinha de osso e torta de mamona são adubos minerais muito utilizados. A frequência pode variar de acordo com as indicações de cada tipo de adubo!


LUMINOSIDADE


Cultivar sob luz difusa, mas, de forma que consiga receber umas duas horinhas de sol fraco por dia. Sabe aquele solzinho da manhã? Esse mesmo! E o tom de verde das folhas é o melhor indicador para saber se a orquídea está recebendo a quantidade ideal de luz. As folhas muito escuras, indicam que a planta está com falta de luz. Aos poucos, coloque o vaso mais próximo de um local com sol. Já folhas muito pálidas, indicam que ela está recebendo luz em excesso. Aos poucos, coloque o vaso em um local mais distante do sol.


Alguns dos materiais para substrato: Musgo sphagnum, cascas de pinus e pedaços de carvão. Opções para a adubação: Canela em pó e Bokashi.

Perceba nas duas primeiras fotos dessa Phalaenopsis pequena, como as raízes da orquídea ficam acinzentadas quando estão secas e como ficam bem verdinhas depois de regar!

Agora veja essa Phalaenopsis grande, que já estava há dias sem cuidados. Com bastante pó acumulado nas folhas, folhas de baixo secas e amarelando e muitas raízes secas também.

Corte da haste floral. Importante a tesoura de poda estar esterilizada!

Note que a Phalaenopsis grande apesar de ainda estar com as folhas um pouco caidinhas, depois da limpeza ficaram com o aspecto completamente diferente né? Xô, poeira!


Esse tema foi sugestão de uma seguidora pelo Instagram e também compartilhei por lá, um vídeo mostrando a manutenção da orquídea. Para assistir, é só acessar: @nomeuatelie


Espero que tenha conseguido te ajudar a tirar algumas dúvidas sobre o assunto! Amo receber sugestões de conteúdo e responder suas perguntas.


Fica à vontade para me mandar mensagem! 💚

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